terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Escola X Redes Sociais

Escola e redes sociais: combinação possível?

Escola e mídia. Duas instituições que estão cada vez mais próximas e, ao mesmo tempo, distantes. Embora não faltem teorias, estudos e cursos que defendam o trabalho conjunto entre elas, a interface não é das melhores. Muitas escolas ainda não sabem lidar com os meios de comunicação, cada vez mais presentes, influentes e ao alcance de crianças desde a Educação Infantil.
Em junho do ano passado, a mídia noticiou com grande destaque o caso da estudante Jannah Nebbeling, 15 anos, aluna do Colégio PH, no Rio de Janeiro. Na época, ela disse ter sido coagida pela direção da escola por ter criado uma comunidade no Facebook para debater assuntos escolares e divulgar as respostas dos deveres de casa que valiam pontos. A página era acessada por cerca de 700 alunos. Para a estudante, uma ação normal. Para a escola, uma cola virtual.
O caso foi parar na polícia. A mãe da aluna processou a escola pela forma como a instituição conduziu o problema: suspendeu a aluna por cinco dias. A escola diz ter chamado o responsável de cada aluno que estava participando da comunidade para uma conversa particular, explicando que se tratava de uma cola indevida, um processo não pedagógico.
A revistapontocom conversou com especialistas nas áreas de tecnologia e educação para contribuir com o debate. Afinal, como é possível estabelecer uma interface criativa e construtiva entre a escola e, hoje, as redes sociais? Como eles avaliam o caso da aluna? Que pontos positivos é possível tirar deste caso?
Acompanhe:

Professor do Colégio Pedro II, Sérgio Lima afirma que a aluna fez um “uso pobre” das redes sociais. “As respostas dos deveres poderiam ter sido usadas para trocas de conhecimento entre os alunos, para que todos aprendessem mais sobre as questões. Pelo que entendi, as trocas tinham como único objetivo fraudar o sistema de notas da escola. Logo, um uso conservador e limitado das possibilidades ricas de aprendizagem que as redes sociais oportunizam”, destaca.
A ação da aluna, na visão do professor, pode ser considerada como um resultado conservador do sistema de avaliação da escola, que, de certa forma, incentiva a necessidade dos alunos colarem. Para Sérgio, se as escolas continuarem funcionando e propondo atividades condizentes com os resquícios da sistematização da Era Industrial, essas contradições serão cada vez mais frequentes. “Se a escola mudar as formas de aprendizagem e avaliação, a cola poderá não fazer mais sentido”, avalia.
Para o professor, o episódio é um prato cheio para as escolas que desejam continuar fechadas para o novo mundo tecnológico. Mas também é, ao mesmo tempo, uma ótima reflexão para as que querem, de fato, ampliar suas potencialidades e limites. “As escolas que querem uma desculpa para continuarem no século XIX poderão tomar este episódio como argumento a favor de seu neoludismo – uma ideologia que se opõem às novas tecnologias. Já as escolas que sabem que os desafios para se educar no nosso atual contexto informacional são enormes tomarão este episódio como um convite para a reflexão”.
Tarefa nada fácil. Afirma a professora Camila Lima Santana, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do IF Baiano. Ela reconhece a dificuldade, pois as escolas estão enraizadas em práticas lineares, segmentadas. E tudo que possibilite uma abertura, uma novidade, um caminho em que não se saiba trilhar, dá medo. Mas é preciso rever, refletir. “E reconhecer esses espaços digitais para além do ócio e das inutilidades. É fundamental pensar as redes sociais como locus de informação, de troca de saberes e aprendizagem”, conta.
Na avaliação de Camila, deixar de lado as tecnologias e, mais especificamente as redes sociais, não é uma boa estratégia. Afinal, as tecnologias são um elemento forte e contundente da atual cultura contemporânea. As redes sociais, assim como as clássicas instituições, como a escola, também favorecem a interação e a constituição de conhecimentos e valores. Portanto, afirma a professora, devem ser, pelo menos, objeto de discussão.

“É preciso olhar para o que está disponível na rede e apropriar-se de sua lógica para direcionar práticas pedagógicas e incentivar o diálogo com esses espaços, pois neles circulam informações, saberes e experiências, elementos fundamentais para o processo educativo. É preciso aliar essa dinâmica à práxis, compreendê-la, debatê-la e abrir as portas da escola para o mundo que a internet representa”, afirma.
Mestre em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Camila destaca ainda que as redes sociais são espaços de interação humana. “Os sites de redes sociais não são culpados por atos de violência, agressão, cola, por nada. Os sujeitos que agem dessa maneira na rede, agem em outros espaços. O que a internet permite é que essas práticas sejam divulgadas e atinjam maior número de pessoas. Somos nós, humanos, que fazemos os espaços serem o que são e terem as utilidades que desejamos”.
Andrea Ramal faz coro às observações de Camila. E vai mais além. Segundo ela, que é especialista em novas tecnologias, a internet não é um material didático pronto. É preciso que o uso de qualquer recurso, inclusive das redes sociais, com finalidades educacionais, seja fundamentado por um projeto pedagógico consistente. Para Andrea, o limite começa a existir quando as redes sociais, em vez de servirem para o desenvolvimento das pessoas e o crescimento dos estudantes, por meio do compartilhamento de conhecimentos e da comunicação intersubjetiva, começam a serem usadas com finalidades que ferem a ética. Para a especialista, cabe aos educadores – na escola e na família – orientarem os estudantes neste sentido.
“As redes sociais potencializam as atividades que se realizam em grupo, pois por meio delas os alunos podem se relacionar com outras pessoas. Pode haver produção coletiva de conhecimento, numa espécie de rede cooperativa de aprendizagem. Acredito que as redes sociais vão ajudar a fazer da sala de aula um ambiente mais interativo e dialógico, pois o modelo unidirecional da comunicação, no qual o professor fala e o aluno ouve, será substituído pelo modelo das redes em que todos os sujeitos têm vez e voz”.
Então as escolas que usam as redes sociais no ensino estão a um passo à frente das que não usam? Para Andrea, estas escolas provavelmente estão educando os alunos para conviver com naturalidade e consciência no mundo digital. “Escolas que ainda não usam precisam ficar atentas: podem estar educando os alunos ainda na lógica do papel e da caneta, da comunicação bidirecional, dos conhecimentos lineares. Mas as que usam também devem abrir os olhos: “o uso de redes sociais na educação depende, sim, de um planejamento pedagógico consistente”, pondera Andrea Ramal.

 Fonte: http://www.revistapontocom.org.br/materias/redes-sociais-na-escola

As Redes Sociais nas Escolas

‘Escola deve usar redes sociais com foco educativo’, diz especialista

Educadores debatem tema em congresso de tecnologia no Recife.
Para eles, não se deve misturar contas pessoais com as de estudo.

Quando se trata de novas alternativas no processo de aprendizagem para agradar a geração pós-Internet, começa a existir um consenso entre os educadores: não adianta ir contra a maré do fenômeno das redes sociais. O assunto, que ainda provoca muita polêmica dentro e fora dos meios digitais, foi tema de palestras e minicursos durante o 10º Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, nesta quarta-feira (5).
No evento, foi apresentada uma rede social totalmente voltada para fins educativos, a Redu, desenvolvida por uma startup recifense incubada no parque tecnólogico do Porto Digital, na capital pernambucana.

"Existe uma necessidade social que não pode ser ignorada pelos educadores. Precisamos adaptá-la para as salas de aula. Os próprios professores não utilizam as redes sociais entre si. Se conseguíssemos incluí-las já no currículo da formação inicial dos docentes, seria ideal. A vida da escola não pode ser separada da nossa vida social. Uma faz parte da outra", opina a sergipana Rosana Cavalcanti Maia Santos, 24 anos, mestranda em Educação para as Ciências e graduada em Física pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp).
Com a polêmica gerada em razão do "Diário de Classe", elaborado pela estudante Isadora Faber, de 13 anos, que conseguiu, por meio das redes sociais, pressionar o governo para conseguir melhorias importantes em sua escola, desde o final de agosto, o tema foi um dos destaques do evento. O sucesso da iniciativa da aluna, que conseguiu uma reforma de emergência na escola onde estuda e uniu pais, alunos e professores, tem servido de inspiração para crianças, adolescentes e jovens de todas as partes do país.

O grande desafio na utilização das redes sociais para integrar a relação entre alunos e professores ainda é a falta de conhecimento dos próprios educadores e dirigentes das escolas que, em geral, não sabem usar as ferramentas em favor da educação. "O professor não é mais o único detentor da informação. Ele tem de aprender a conviver com isso e precisa ter a noção de que não sabe tudo. É uma área que ainda terá muitos desafios pela frente", diz Rosana.

Bacharel em Física, Maia relatou à reportagem do G1 que, inclusive, já recebeu reprimendas em razão de ter usado a tecnologia para inovar em sala de aula. "A diretora da escola bloqueava o uso que eu fazia de tecnologias com os estudantes, por exemplo. Uma vez quis fazer uma aula interdisciplinar. Apresentei um powerpoint e um vídeo, explicando como era feita a curva num chute de uma partida de futebol, para sete alunos que estavam na recuperação e já não aguentavam mais fazer as mesmas questões. Levei uma bronca por conta disso", afirmou.

A resistência ainda é um empecilho para os que querem inovar --mas a inserção no mundo das redes sociais é um caminho sem volta, segundo o especialista no assunto, Alex Sandro Gomes, Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Paris V, Mestre e Especialista em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e graduado em Engenharia Elétrica também pela UFPE. "Para a escola continuar desenvolvendo o conhecimento das pessoas, terá de se apropriar deste novo artefacto".

"Em primeiro lugar o professor tem de se apropriar da situação. E por que há a adesão nas redes sociais? Porque as pessoas criam grupos. É preciso criar uma relação didática com a comunidade. Ao criar uma rede de relacionamentos, eu posso dispor de material informal antecipadamente que vai ser passado nas próximas aulas. Se eu fizer isso, já crio uma consciência e um novo canal de contato com o aluno. Sem falar que posso permitir que os alunos tragam novos materiais. E posso deixar que eles discutam os temas depois das aulas. Assim, o professor legitima o papel do estudante na aprendizagem", aponta o estudioso.

"Na sala de aula, a comunicação é de um (professor) para muitos (alunos). As redes sociais devem proporcionar formas de comunicação que aproximem professores e alunos. Atualmente, todos precisam, juntos, aprender a aprender. A mediação do professor em redes sociais tem um papel diferente. É possível se trabalhar no foco dos problemas e dúvidas com o monitoramento. Agindo com mais ênfase, por exemplo, no que a turma mais precisa (e de acordo com as notas)".

Dispersão dentro e fora da sala de aula
Em rede sociais genéricas, como o Facebook, o Twitter, o Pinterest e o app Instagram, o especialista desaconselha o uso de materiais das aulas pelo risco da dispersão. "Aconselho o uso de redes sociais como a Redu, totalmente voltada para fins educativos. Quando um aluno usa a sua conta pessoal, do âmbito privado, vai estar se comunicando e compartilhando informações com todas as outras relações dele. Isso gera a dispersão", explica Alex.

Com relação ao excesso de exposição e à falta de privacidade, que podem interferir na relação entre professor e aluno, Maia também concorda que há limites. "Acho que, antes de se criar essa relação, é preciso impor limites e respeito em relação ao professor. Eu faria um perfil exclusivo meu para lidar com os alunos, separando-os da esfera da minha vida pessoal. Se misturar tudo, acredito que fica um pouco complicado. A relação via redes sociais é favorável, mas é preciso ter limites", diz.

Vantagens das redes sociaisConfira algumas das vantagens apontadas pelo professor Alex Sandro Gomes, palestrante do congresso, no uso de redes sociais em sala de aula:

1) As redes sociais educativas permitem que o professor monitore as atividades em sala de aula e acompanhe melhor o rendimento dos alunos, de acordo com as disciplinas que eles estão tendo mais dificuldade ou se dando melhor;

2) As redes sociais educativas permitem ao professor ser o autor do seu planejamento. O professor é um mediador. E a tecnologia tem de permitir que ele seja um autor deste conteúdo também. O docente deve organizar melhor as sequências de aulas e materiais;

3) As redes sociais educativas ajudam no desenvolvimento da autonomia entre os estudantes  (também chamada de auto-regulação). Neste ambiente, o aluno experimenta uma diversidade de situações e precisa aprender que é preciso ter disciplina para exercitar essa autonomia.

Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/vestibular-e-educacao/noticia/2012/09/rede-social-educativa-e-destaque-em-congresso-de-tecnologia-no-recife.html

Uso das redes Sociais na Educação

Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem

Conheça a melhor forma de se relacionar com a turma nas redes sociais e saiba como o Facebook, o Orkut ou o Twitter podem ser aliados do processo de aprendizagem

Você sabe quantos de seus alunos possuem perfis no Orkut, no Facebook ou no Google +? Já experimentou fazer uso dessas redes sociais para disponibilizar materiais de apoio ou promover discussões online?
Cada vez mais cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é uma realidade imutável. Mais do que entreter, as redes podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar no seu trabalho em sala de aula, desde que bem utilizadas. "O contato com os estudantes na internet ajuda o professor a conhecê-los melhor", afirma Betina von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática. "Quando o professor sabe quais são os interesses dos jovens para os quais dá aulas, ele prepara aulas mais focadas e interessantes, que facilitam a aprendizagem", diz.

Se você optou por se relacionar com os alunos nas redes, já deve ter esbarrado em uma questão delicada: qual o limite da interação? O professor deve ou não criar um perfil profissional para se comunicar com os alunos? "Essa separação não existe no mundo real, o professor não deixa de ser professor fora de sala, por isso, não faz sentido ele ter dois perfis (um profissional e outro pessoal)", afirma Betina. "Os alunos querem ver os professores como eles são nas redes sociais".

Mas, é evidente que em uma rede social o professor não pode agir como se estivesse em um grupo de amigos íntimos. "O que não se pode perder de vista é o fato de que, nas redes sociais, o professor está se expondo para o mundo", afirma Maiko Spiess, sociólogo e pesquisador do Grupo de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Ele tem que se dar conta de que está em um espaço público frequentado por seus alunos". Por isso, no mundo virtual, os professores precisam continuar dando bons exemplos e devem se policiar para não comprometerem suas imagens perante os alunos. Os cuidados são de naturezas diversas, desde não cometer erros de ortografia até não colocar fotos comprometedoras nos álbuns. "O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes", destaca Betina von Staa.

A seguir, listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e alguns cuidados a serem tomados:

1. Faça a mediação de grupos de estudo
Convidar os alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes - separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já planejados para cada série.
Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e estudantes, mas lembre-se: você é o mediador das discussões propostas e tem o papel de orientar os alunos.
Todos os participantes do grupo podem fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições que podem ajudar em seus estudos. "A colaboração entre os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento" explica Spiess.

2. Disponibilize conteúdos extras para os alunos

As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. "Os alunos passam muitas horas nas redes sociais, por isso, é mais fácil eles pararem para ver conteúdos compartilhados pelo professor no ambiente virtual", diz Spiess.
Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

3. Promova discussões e compartilhe bons exemplos
Aproveitar o tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.

4. Elabore um calendário de eventos
No Facebook, por meio de ferramentas como "Meu Calendário" e "Eventos", você pode recomendar à sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema. Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avalições. Porém, vale lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que acontecem na escola, em dias letivos.

5. Organize um chat para tirar dúvidas
Com alguns dias de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que ainda não compreenderam.
A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do deslocamento físico. "Assim que o tira dúvidas acaba, os alunos já podem voltar a estudar o conteúdo que estava sendo trabalhado", explica Spiess.

Cuidados a serem tomados nas redes
- Estabeleça previamente as regras do jogo
Nos grupos abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a serem seguidas pelos participantes. Este "código de conduta" geralmente é colocado na descrição dos próprios grupos. "Conforme as interações forem acontecendo, as regras podem ser alteradas", diz Spiess. "Além disso, começam a surgir lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na gestão das comunidades". Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spams.

- Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais
Os conteúdos obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na maioria das redes). "Os alunos que passam muito tempo conectados podem se utilizar desse álibi para convencer seus pais de que estão nas redes sociais porque seu professor pediu", alerta Betina.
A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial.
Com relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.

 Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/redes-sociais-ajudam-interacao-professores-alunos-645267.shtml

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

FICHAMENTO II


FICHAMENTO II

CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na Sala de Aula: melhoria no ensino ou inovação conservadores?, Informática Educativa. Vol. 12, p. 11-24, 199. Disponível em:< http://fe-virtual.fe.unb.br/file.php/133/Novas-Tecnologias-Na-Sala-de-Aula-Melhoria-Do-Ensino-Ou-InovaCAo-Conservadora.pdf>

Resumo:
O autor trata no texto da inserção da tecnologia, principalmente do computador, na educação. Mostra que o uso do computador pode acrescentar ou não na forma de aprender e ensinar de alunos e professores. Com a ajuda da filosofia, faz uma análise fenomenológica da relação ser humano - máquina - realidade, mostrando as dimensões que a máquina e seu uso podem assumir.
            Outra questão abordada é a manutenção de uma educação tradicional, com aulas expositivas, mesmo com todas as tecnologias a disposição dos professores, pois o mesmo não só analisa o uso destes em escolar pública, também verifica a sua utilização na rede privada.

2) Citações principais do texto:
“Nas grandes cidades, as salas de aula de tais escolas tem pouco espaço físico, são ruidosas, quentes e escuras, desencorajando qualquer outra atividade que não seja a aula tradicional. A arquitetura pobre e o mobiliário desconfortável e precário dificultam o trabalho intelectual de alunos e mestres.” (p.2)
“O Senhor Edison nos diz
Que o rádio superará o professor.
Já se pode aprender línguas pela Victrola
E o filme dará movimento
Àquilo que o rádio não conseguir.
Professores passarão
Como passaram carros de bombeiro a cavalo
E damas de cabelos longos.
Talvez eles sejam mostrados em museus
E educação será um pressionar de botões.
Oxalá haja lugar para mim no painel de controle.” (p.3
” O fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas para melhoria da qualidade do ensino”(p.5)
“Tal tipo de mídia pode também reforçar no aluno uma falsa sensação de ter aprendido a lição (...)” (p.7)
“A presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula os professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos modos de aprender” (p.8)
“Além de ampliar os sentidos, condicionando a experiência da realidade, as tecnologias da informática, amplificam aspectos da capacidade de ação intelectual.” (p.12)
3) Comentários:
O texto traz questões importantes a serem refletidas. Uma delas é a arquitetura da escola, que nesse contexto de tecnologia da informação é tão pouco pensada. Ela transcreve no texto contexto de uma escola pública em região humilde e também em uma no centro da cidade. A localizada mais ao centro apresenta mais problemas em seu ambiente, mas creio não ser só ela a sofrer com essas mazelas. Um ambiente seguro, agradável, estimulante, silencioso, arejado não só é extremamente necessário para um processo de ensino-aprendizagem melhor, como também para o uso adequado das tecnologias. O fato de colocar a disposição do aluno um computador, ou outro aparelho, de qualquer maneira, não é suficiente, é necessário pensar em quais momentos e em qual local o mesmo será utilizado e guardado.
            Várias pesquisas vêm mostrando o que o outro enfatiza: o uso da tecnologia não transforma o modo de ensinar do professor e nem a maneira que o aluno entende. Ele é um “acessório” para aulas expositivas, onde o professor pode fazer da aula um espetáculo, mas a interação entre alunos e entre eles e o professor não se modifica. A educação bancária continua reinando na sala de aula, o conteúdo não se comunica com o aluno, a ponto de significar para ele algo necessário e importante, continua sendo algo estático e desconexo.
            Assim como a tecnologia e todos seus aparelhos podem auxiliar em reformular a maneira de ensinar e aprender, ele também pode limitar os processos. É necessário refletir como usar estes a favor da educação, como ferramenta que agregará algo perceptível, transpondo barreiras e impulsionando uma reflexão apurada do aprender/ensinar nesta nova era.
4)Questionamentos

O assunto abordado é polêmico e controverso, há várias críticas e discursos contra e a favor do uso da tecnologia na educação, mas ainda não foi encontrada uma solução para o uso racional e benéfico. Como, nós, educadores e alunos podem utilizar as ferramentas tecnológicas para aperfeiçoar a aprendizagem intelectual?  Ela é realmente indispensável ou existem outros meios para realizar tal tar