FICHAMENTO
II
CYSNEIROS,
Paulo Gileno. Novas Tecnologias na Sala de Aula: melhoria no ensino ou inovação
conservadores?, Informática Educativa.
Vol. 12, p. 11-24, 199. Disponível em:< http://fe-virtual.fe.unb.br/file.php/133/Novas-Tecnologias-Na-Sala-de-Aula-Melhoria-Do-Ensino-Ou-InovaCAo-Conservadora.pdf>
Resumo:
O
autor trata no texto da inserção da tecnologia, principalmente do computador,
na educação. Mostra que o uso do computador pode acrescentar ou não na forma de
aprender e ensinar de alunos e professores. Com a ajuda da filosofia, faz uma
análise fenomenológica da relação ser humano - máquina - realidade, mostrando
as dimensões que a máquina e seu uso podem assumir.
Outra questão abordada é a
manutenção de uma educação tradicional, com aulas expositivas, mesmo com todas
as tecnologias a disposição dos professores, pois o mesmo não só analisa o uso
destes em escolar pública, também verifica a sua utilização na rede privada.
2)
Citações principais do texto:
“Nas grandes cidades, as salas de aula
de tais escolas tem pouco espaço físico, são ruidosas, quentes e escuras,
desencorajando qualquer outra atividade que não seja a aula tradicional. A
arquitetura pobre e o mobiliário desconfortável e precário dificultam o
trabalho intelectual de alunos e mestres.” (p.2)
“O Senhor Edison nos diz
Que
o rádio superará o professor.
Já
se pode aprender línguas pela Victrola
E
o filme dará movimento
Àquilo
que o rádio não conseguir.
Professores
passarão
Como
passaram carros de bombeiro a cavalo
E
damas de cabelos longos.
Talvez
eles sejam mostrados em museus
E
educação será um pressionar de botões.
Oxalá haja lugar para mim no painel de controle.” (p.3
” O
fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar
equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas
para melhoria da qualidade do ensino”(p.5)
“Tal
tipo de mídia pode também reforçar no aluno uma falsa sensação de ter aprendido
a lição (...)” (p.7)
“A
presença da tecnologia na escola, mesmo com bons software, não estimula os
professores a repensarem seus modos de ensinar nem os alunos a adotarem novos
modos de aprender” (p.8)
“Além
de ampliar os sentidos, condicionando a experiência da realidade, as
tecnologias da informática, amplificam aspectos da capacidade de ação
intelectual.” (p.12)
3) Comentários:
O
texto traz questões importantes a serem refletidas. Uma delas é a arquitetura
da escola, que nesse contexto de tecnologia da informação é tão pouco pensada.
Ela transcreve no texto contexto de uma escola pública em região humilde e
também em uma no centro da cidade. A localizada mais ao centro apresenta mais
problemas em seu ambiente, mas creio não ser só ela a sofrer com essas mazelas.
Um ambiente seguro, agradável, estimulante, silencioso, arejado não só é
extremamente necessário para um processo de ensino-aprendizagem melhor, como
também para o uso adequado das tecnologias. O fato de colocar a disposição do
aluno um computador, ou outro aparelho, de qualquer maneira, não é suficiente,
é necessário pensar em quais momentos e em qual local o mesmo será utilizado e
guardado.
Várias pesquisas vêm mostrando o que
o outro enfatiza: o uso da tecnologia não transforma o modo de ensinar do
professor e nem a maneira que o aluno entende. Ele é um “acessório” para aulas
expositivas, onde o professor pode fazer da aula um espetáculo, mas a interação
entre alunos e entre eles e o professor não se modifica. A educação bancária
continua reinando na sala de aula, o conteúdo não se comunica com o aluno, a
ponto de significar para ele algo necessário e importante, continua sendo algo
estático e desconexo.
Assim como a tecnologia e todos seus
aparelhos podem auxiliar em reformular a maneira de ensinar e aprender, ele
também pode limitar os processos. É necessário refletir como usar estes a favor
da educação, como ferramenta que agregará algo perceptível, transpondo
barreiras e impulsionando uma reflexão apurada do aprender/ensinar nesta nova
era.
4)Questionamentos
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